Na batida do dia uma noite calada; uma vida se esvaia na luta inútil por aquuilo que num dia, queria. Do aperto da falta dos mais próximos: saudade! compressão de um peito na ânsia pelo teletransporte: só assim pra ver o mundo tão real e vivo além desse mísero: bom dia. Sou um ser vivo no mundo e, do mundo quero as vistas, todas nuas e em carne viva, próximas, no meu olho nu. Alguém consegue ver as cores dos realces em torno do vazio do próprio ego? Na batida saculejada do dia, me calo pra noite: la belle noire; e busco as cores na psicodelia de minha mente afetada com toda a beleza do mundo, do mundo em si, do de Pablo, de Clarice, de Paulo e de José Ribamar, todos a amar a vida mesmo depois do chute na cara, da escarrada do céu, da realidade imensa e abrupta, do fel ainda morno, do suposto afago do véu, das malediscências encobertas, da falta de vontade de tudo. E, por fim... Na batida atormentada do dia, depois, bem depois... trazer a noite...
Poema a altura do quadro, cores em versos que elevam as boas fotos que você consegue quando escreve. Noto em ti essa grande vantagem em saber descrever muito bem algo que está tão longe do leitor, como por exemplo as cores de um belíssimo quadro. Isso é uma características sua que deve prevalecer pelos anos e isso é muito bom. Parabens e tudo de bom nessa vida.
RépondreSupprimerAna passado fui a uma exposição que continha algumas peças de Chagall e em janeiro tive o prazer de ir ao Masp, podendo deliciar-me com ele novamente.
RépondreSupprimerSobre a poesia: Delicio-me com as folias e as flores.
Adorei a apresentação de ambas.
Bju,
K.