haikai I - o mal, que me passe
Do mal que passo
eu retiro o cansaço
e giro o mundo.
por Tatiares
eu retiro o cansaço
e giro o mundo.
por Tatiares
Vítima do Dualismo - Augusto dos Anjos
Se miserável dentre os miseráveis Carrego em minhas células sombrias Antagonismos irreconciliáveis E as mais opostas idiossincrasias! Muito mais cedo do que o imagináveis Eis-vos, minha alma, enfim, dada às bravias Cóleras dos dualismos implacáveis E à gula negra das antinomias! Psique biforme, o Céu e o Inferno absorvo... Criação a um tempo escura e cor-de-rosa, Feita dos mais variáveis elementos, Ceva-se em minha carne, como um corvo, A simultaneidade ultra-monstruosa De todos os contrastes famulentos!
Nele lembrei de Paulo Leminsk; de enceradeira girando; de como uma simples frase é capaz de gerar reflexões. Creio que por isso gosto tanto e hai-kai.
RépondreSupprimerHasta!
adorei!!
RépondreSupprimerMuito bom! Simples e direto na carne. Tchau!
RépondreSupprimerQue otimo ver que as coias somente melhoram, a cada dia, cada verso tá ficando mais sensato, o som tá ficando mais suave, as figuras poéticas mais lindas, imagens e bom movimento. Parabens por todos os otimos texto que vi aqui. Tudo de bom pra vocês e tudo de bom nessa vida!
RépondreSupprimerP>S: Ouve Jaga Jazzist, é foda, é fodíssimo...