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Affichage des articles du janvier, 2011

"a vida muda o morto em multidão"

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Pluralidade contida

Louca luta, boca língua nuca. Das desventuras dos homens e seus arrojos nos andares pesados, firmes pés e calos óculos na cara, cabelos escuros, olhar sério ‘eu adoro o mundo civilizado’. Pré-ocupações pairam sobre cabeças e ombros sentados em bancos apoiados em suas dores. Das imagens cheias de falas aos murmúrios calados aos trancos… e analgésicos ‘não me toque nessa dor’.   En fait , não procure a dor, ache a cura: uma sincera luta. Calar-se frente ao mundo, nunca. « la société ne fait-elle pas de l'homme suivant les milieux où son action se déploie autant d'hommes différents qu'il y a de variétés en zoologie » Le père Goriot - Balzac por Tatiares

ANTICONSUMO - Ferreira Gullar

Como vai longe o dia, Maninho, em que a gente podia ser comum Entre ervas burras, folhas molhadas de mamona e salsa a gente podia ser simplesmente nossas mãos nossos pés nossos cabelos e o que queimava dentro no escuro Como vai longe o tempo como as águas batendo na amurada alegremente como os peixes vivendo no seu músculo o mistério do mundo   do livro: Dentro da noite veloz

Tô me guardando pra quando o carnaval passar

Neste inverno do tempo do natal e seu relento de um cinza que resiste e insiste (...) Nas paisagens de uma natureza quasi-morta, cesta de frutas vazia, sem amora. Aquele brilho opaco de um esmalte gasto, de vida gasta, galho seco e mata como pasto. De um janeiro sem explicação, interior sem verão, réveillon sem rojão, ─  vasta solitude em vão! E esse clima de ano novo nas redondezas, felicidades empostadas, remendos encombrindo as tristezas. E dizem que isso dura até depois do carnaval... por Tatiares