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Affichage des articles du février, 2009

O grande cisco

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Poeira metálica carbono aços itens sonoros vento risco reta violetas formas rodas cata-vento redes visuais bloco guarda-chuva menino sozinho todos mares pontes hidrogênio nuvens algodão cinza-doce gostos avião inox balões retalhos azuis arranha trisca céu abril ondas grandes radiofônico circos por Tatiares

1ª regra não concreta

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O eu estático em um mundo em movimento demonstra a inércia das questões as quais tendem a não serem resolvidas apesar da necessidade de soluções e ou de equações que expliquem os fenômenos os não concretos os quais gritam por alguma regra. por Tatiares

Duelo doce-amargo

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O vento quente que sopra já não mais aquece o sonhar daquele que um dia se viu livre e acreditou que poderia criar o que viria ser. Agora, tendo a mente inquieta e os sentimentos apertados, o sonhador se vê à beira de querer o não-querer, sem querer; mas por duvidar da própria capacidade de resistência, pois até o querer está submetido a restrições. A brisa leve que rondava o livre se confronta com dúvidas martelo, a mente já não se impõe como de costume e a alma segue o sentir de uma tragédia, no seu sentido dolorido. Estabelece-se o duelo entre a descrença e a fé, ambas assombram o livre, aproveitando de sua tendência cética, aquela de se entregar a armadura antes que tenha que defender-se de seu próprio desejo velado, doce-amargo, querer-descrer. O livre se vê como a própria conseqüência do movimento aleatório do ar que impulsiona um balão desgovernado na imensidão azul. por Tatiares

O equilíbrio do não lógico

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O equilíbrio psicológico, fisiológico, químico, lógico, ecológico, não lógico ou o da malabarista quando está na corda bamba, ou nós quando estamos na linha entre o real e o surreal, ou mesmo o equilíbrio espiritual, todos tão aclamados quanto o equilíbrio ambiental ou emocional. Mas, de todos eles, vale lembrar o equilíbrio da embriagez salutar que, inicialmente causa um desconforto, seja emocional, neurológico, natural, espontâneo, imaginário, ilógico. Mas, sempre nos faz retornar às nossas cordas bambas, soltas e livres. Livres entre o real do mundo e o surreal de nós mesmos. por Tatiares

“I've got life, I've got my freedom” to Nina Simone

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Seria ela, livre? O livre dentro dela não pede morada, poderia ser o livre dela sem ela ou fora dela. Ele talvez não quisesse pertencer a ela, talvez ele queira dar-se, apenas por companhia, por prazer em compartilhar o livre de se ser, o livre ser ela, sem ser dela, sem ser meu ou seu! Ela gosta de poder olhar pela fresta da janela e sentir que ninguém percebe seus olhares e muito menos seu pensar, ou quando ela fecha os olhos para ouvir melhor uma canção e parece ser só a canção no universo. Estes são os momentos em que os dois, ela e o livre, estão mais próximos. Ele gosta de existir nesta canção ou neste pensar, e de ir além, de subir num balão todo colorido, como se fosse feito de retalhos, e subir, subir o mais alto. Acho que para se distanciar do que, na realidade, não é real. Talvez para sentir a falta da gravidade, e mesmo assim o movimento dos astros. Para sentir a densidade do existir à beira de um buraco negro, que deve ser a mesma sensação de quando as idéias estão passea

Felizes e infelizes – Reverência à Clarice

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Um tratado sobre a felicidade, acredito eu, deve ser algo complexo de se estruturar, por isso prefiro simplificar e torná-lo mais prático. Então, diria que existem os felizes e os infelizes, e digo mais, ambos sentem prazer em cultivar os sentimentos mais profundos. Os felizes levam uma vida mais distraída, sem perceberem muito os aclives, declives e chiliques do meio ou do outro ou de si próprio. Já os infelizes levam uma vida atenta, concentrada, densa em flashs e dizeres que não dizem muito, densa em fatos que não são atos. E eu, neste meio, prefiro ficar o mais distraída possível, assim percebo os nãos, os olhares que dizem não ou os fatos que dizem não aos atos. Prefiro sentir o simplificado inesperado dos atos eles mesmos. por Tatiares

Se existisse o Haver e nada mais...

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Nem tudo que existe se explica, busca-se infinitas formas de compreensão do incompreensível talvez por comodismo, talvez por medo ou talvez por excesso de fé na lógica do compreender! Se ao invés de entender, buscasse-se sentir mais o próprio existir, o ser seria vivido com uma intensidade tão vulcânica, como a profundidade de Clarice se sentir Macabéia, como o se superar de Zaratustra ou como a ternura do coração amarelo de Neruda ... e assim, apenas existiria o Haver e nada mais. por Tatiares

O Poder da Leveza do sentir

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De todos os sentimentos existentes, gosto dos mais verdadeiros, daqueles que vêm primeiro, junto com o frio no estômago. Mas, sabe-se que este frio vem do calor do sentir, do sentir perto, sentir longe ou sentir querência dos sentidos. Às vezes, nas conversas com o universo, pergunto aos deuses como é o não sentir, como é o não desejar ou o não querer. Um dia eles disseram algo interessante. Disseram ser isso invenção humana, que no fundo não existe. Perguntava-se como, como não existe? Se se sente, é claro que existe! Nós, humanos, criamos o sentir, o desejar, o querer, o querer bem, o querer de qualquer jeito! Mas, também pensei no quanto esse sentir era colocado de lado, era abafado, era desprezado, era levado na graça ou não sentido... Não sentido por nós, os seres criadores do sentir que ignoram o sentir de verdade. Talvez isso fosse influência dos deuses, os deuses que já não sentiam nada! E fiquei meio de mal de todos os deuses por acreditar que eles se colocavam num nível exist