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Affichage des articles du juin, 2010

Rêve d'une soirée d'hiver

Tinha um fogo vivo, meio apagado podia ser temporário ou transitório, mas, queria mesmo era atenção e marasmo. Passava dias e turnos a louvar a prórpia solitude, quase não falava, de vez em quando, cozinhava. Tinha mania de perseguição, ah tinha! não tinha. Tinha muito pesos nas costas e pouco contato com o delicado. Muros e diques, pra quê? Ventos, ares de mudança e vivacidade. O leve... ahh o L e V e ! de uma pena, de uma carícia, de uma alma. De um navegar flutuante e velejante no aerado todo azul-piscina-mar no horizonte, dois perfis em uma jangada vaga onda ensolarada - época dourada. Quer caminhar na beira mar? por Tatiares

Acorda?

Acorda, levanta e senta, cadeira espreguiça e aguenta. Vontade passa, sede evapora, fome devora e também passa. O sol lá fora, a queimar ilusões e gramas, a irradiar reflexos frustrados de flores em branco e preto. Frestas metálicas em pois envelhecido não permitem o alcance desejado, um caminhar que não existe, exceto para as formigas e migalhas. Um rouxinol equilibrado no fio elétrico, sem canto, encantoado pela fumaça e pela preguiça. Já os automóveis, ah! esses nunca têm preguiça de nada, andam e batem pernas sem nem saber pra onde, apenas vão! São a forma de vida predominante por aqui. Num sonho vivo, nada de carros nem de preguiça. Andanças, danças e coisas do gênero enfeitam a paisagem. É o movimento encaixado ao som de tudo aquilo que não se define, e que se sabe, se gosta, se delicia, se morde, se come e se goza. por Tatiares

L'eau

L’eau de la mer, l’eau d’un rivier, l’eau de la pluie, l’eau-de-vie pour une longue vie, l’eau de moi même. Le bruit de l’eau, une chute d’eau et sa transparence, les gouttes et les bulles d'eau. La source liquide de la vie ― l’eau douce au-dehors et dedans de l’être ! De l’eau pour les poissons, de l’eau pour les fleurs, de l’eau pour les arbres ... Une douce vie pour lesquels qui sentent l’eau autour de ses corps et qui font vibrer la force de la vie ― la puissance vitale. por Tatiares

seres sem sentires

Na caçamba, amontoados de terra e blocos deformados de concreto. Era uma vez a enorme e sombrosa árvore da esquina do pôr do sol, falta de afeto em meio à sujeira da calçada — nova vista da varanda! Agora já não se tem mais as folhas enfeitando o caminho matinal, foram poupadas inclusive de cair, secas. O livre do ser árvore agora é destinado aos fios elétricos, estes sim, atravessam o ar e a terra sem lenço nem pièce d’identité, e consigo trazem o viver virtualmente livre. C’est dégolasse como se sente um contentamento descontente, totalment dégouté. Uns crêem que agora avistam mais longe já que a frondosa toda enfeitada de verde não está mais au coin. Mais comme ils sont cons, os seres habitantes dessa terra! Ignorai-lhes, árvore! Eles não sabem o que sentir. por Tatiares