Na batida do dia uma noite calada; uma vida se esvaia na luta inútil por aquuilo que num dia, queria. Do aperto da falta dos mais próximos: saudade! compressão de um peito na ânsia pelo teletransporte: só assim pra ver o mundo tão real e vivo além desse mísero: bom dia. Sou um ser vivo no mundo e, do mundo quero as vistas, todas nuas e em carne viva, próximas, no meu olho nu. Alguém consegue ver as cores dos realces em torno do vazio do próprio ego? Na batida saculejada do dia, me calo pra noite: la belle noire; e busco as cores na psicodelia de minha mente afetada com toda a beleza do mundo, do mundo em si, do de Pablo, de Clarice, de Paulo e de José Ribamar, todos a amar a vida mesmo depois do chute na cara, da escarrada do céu, da realidade imensa e abrupta, do fel ainda morno, do suposto afago do véu, das malediscências encobertas, da falta de vontade de tudo. E, por fim... Na batida atormentada do dia, depois, bem depois... trazer a noite...
Nossa vida interior, um mistério completo, reencontro com meu interno e me busco em um todo novo eu à flotter em um novo rio, um fluxo, dinâmicas outras, descubro. Mesmo as estrelas sendo nossas ancestrais nem sempre temos a claridade sobre nossos propios desejos agenciados, pois um desejo também inclui sua paisagem como minha vida também inclui meu interior! Tatiares
Se miserável dentre os miseráveis Carrego em minhas células sombrias Antagonismos irreconciliáveis E as mais opostas idiossincrasias! Muito mais cedo do que o imagináveis Eis-vos, minha alma, enfim, dada às bravias Cóleras dos dualismos implacáveis E à gula negra das antinomias! Psique biforme, o Céu e o Inferno absorvo... Criação a um tempo escura e cor-de-rosa, Feita dos mais variáveis elementos, Ceva-se em minha carne, como um corvo, A simultaneidade ultra-monstruosa De todos os contrastes famulentos!
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