Bonjour
Na batida do dia uma noite calada; uma vida se esvaia na luta inútil por aquuilo que num dia, queria. Do aperto da falta dos mais próximos: saudade! compressão de um peito na ânsia pelo teletransporte: só assim pra ver o mundo tão real e vivo além desse mísero: bom dia. Sou um ser vivo no mundo e, do mundo quero as vistas, todas nuas e em carne viva, próximas, no meu olho nu. Alguém consegue ver as cores dos realces em torno do vazio do próprio ego? Na batida saculejada do dia, me calo pra noite: la belle noire; e busco as cores na psicodelia de minha mente afetada com toda a beleza do mundo, do mundo em si, do de Pablo, de Clarice, de Paulo e de José Ribamar, todos a amar a vida mesmo depois do chute na cara, da escarrada do céu, da realidade imensa e abrupta, do fel ainda morno, do suposto afago do véu, das malediscências encobertas, da falta de vontade de tudo. E, por fim... Na batida atormentada do dia, depois, bem depois... trazer a noite...
Tá tudo aí. Tudo e nada. Só um véu transparente nos impede e nos compele. Demais, gostei demais.
RépondreSupprimerTodas imagens existem. O que existe tambem é gente que não digere imagens. A população é cega porque se confude com o que gosta e fala uma terrivel frase: "Eu só gosto disso, eu só gosto de tal coisa!...". Se conhecermos todas as imagens e entendermos o que elas transmitem quem sabe existirá um mundo tão evoluido quanto o ponto de vista deste poema.
RépondreSupprimerserá que tá tudo aí, mesmo? talvez haveriam sutilezas incógnitas, improvisos de pinturas per-sentidas, mais ambíguas e escondidas que se possa re-presentar?
RépondreSupprimerquanto aos "seres exteriores de tantas interioridades", será que, como diria Pessoa, "se calhar tudo é símbolo"? - acredito que além da consciência e da ratione, há uma ilha afortunada onde as almas nos tateiam, sem-sentidos...